[ATO NO RU] [TERCEIRIZADAS] [VACINA]
No dia 07/04, o CAEQ organizou uma panfletagem na frente do RU da Unicamp denunciando o descaso sanitário por parte da universidade em relação às trabalhadoras terceirizadas. Algumas semanas atrás, duas terceirizadas do bandejão faleceram por Covid-19, escancarando as mínimas condições de trabalho que não estão sendo garantidas a esses trabalhadores durante a crise sanitária. Demissões, cortes, falta de testagem, vacinas e EPIs adequados. Essa é a realidade desses trabalhadores em meio a pior fase da pandemia em nosso país, que já ceifou a vida de 375 mil brasileiros.
Durante a atividade, conversamos com estudantes de graduação, pós-graduação e com outros funcionários e 100 panfletos foram distribuídos durante o período de retirada de marmitas no jantar. Durante a conversa, diversos estudantes relataram que não sabiam do falecimento das funcionárias, fato este que não foi noticiado por nenhuma mídia oficial da Unicamp. O RU atualmente serve cerca de 3 mil marmitas só durante o período do almoço, tanto para alunos bolsistas quanto para o Hospital das Clínicas (HC), representando um grande foco de possível contaminação dentro da universidade. Mesmo assim, as terceirizadas não foram incluídas no plano de vacinação da Unicamp, que atualmente só inclui funcionários que trabalham na linha de frente contra a Covid-19.
De forma geral, os estudantes se colocaram ao lado da luta ativa, nos questionando sobre formas mais consequentes de pressionar a Reitoria para garantir a imunização das terceirizadas do RU e conseguir melhorias em suas condições de trabalho. Foram citados, por exemplo, a realização de atos presenciais.
Ao colocarmos faixas nas rampas de acesso ao RU, funcionários da segurança nos alertaram sobre a presença de câmeras no local e que eles haviam sido instruídos a não permitirem qualquer tipo de mobilização lá, como a panfletagem que estávamos fazendo. Ainda, disse que os funcionários do RU foram orientados a não comentar sobre a situação sanitária e suas condições de trabalho. Mais uma vez escancara-se o caráter antidemocrático e persecutório da Reitoria da Unicamp.
Por fim, conseguimos conversar com algumas trabalhadoras no fim de seus turnos, que tiraram fotos das faixas com o nome de suas falecidas companheiras e ficaram muito felizes com a realização da atividade. Enquanto estudantes, é nosso dever nos juntar a esses trabalhadores na defesa de seus direitos e de sua segurança.
Gestão Primavera 2021.
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