Desde o início da pandemia e da imposição da Educação a Distância (EaD), servindo aos interesses de agências financeiras internacionais e aos grandes conglomerados privados educacionais, disfarçada de Ensino Remoto Emergencial (ERE), nós do CAEQ (Centro Acadêmico dos Estudos de Química) temos nos posicionado e atuado frontalmente contrários a esse ataque ao ensino científico e de qualidade e de avanço da privatização das Universidades Públicas.
Como tática de luta, aderimos ao boicote às disciplinas experimentais remotas. Nosso curso conta com uma ampla carga horária de disciplinas experimentais, em que a aplicação do ensino remoto resulta numa clara precarização de nosso processo de aprendizagem e formação, desvirtuando totalmente o ensino teórico do prático, da interação docente-discente e da verdadeira discussão científica. A adesão ao boicote em nosso Instituto foi notável, escancarando o fracasso do ERE. Confira mais sobre aqui: http://bit.ly/texto_posboicote.
Como forma de impulsionar o boicote e mostrar que nós estudantes queremos tomar o rumo da universidade sobre nossas mãos, faz-se necessário propor uma alternativa prática ao Ensino Remoto. A Universidade se vale de um tripé: Pesquisa, Ensino e Extensão. Como não podemos garantir o ensino de qualidade e presencial por conta da crise sanitária, temos o dever de focar na pesquisa e na extensão.
No cenário de pandemia, o desemprego, a fome e o desamparo têm atingido ainda mais fortemente a população, afetando o acesso a produtos de limpeza, alimentos e à educação. O Estado, cujo dever, em tese, seria providenciar as condições necessárias para a população estar segura, tem falhado enormemente em seu papel. Por isso, nós do CAEQ, em uma iniciativa própria e desvinculada do Estado e de partidos políticos eleitoreiros, iniciamos um projeto de extensão: o Comitê Sanitário de Defesa Popular, em que nos colocamos à disposição da população de bairros periféricos de Campinas para prestar solidariedade e apoio.
Planejamos ações como apoio escolar para crianças, confecção de brinquedos, arrecadação e distribuição de alimentos e produtos de higiene, produção de álcool em gel, oficinas de confecção de máscaras, além de outras questões locais. Convidamos todos os estudantes da Unicamp a se juntarem a nós nesta iniciativa! Vamos mostrar qual deve ser o verdadeiro papel dos estudantes nesse contexto de crise sanitária, derrubando os muros da universidade e colocando nós mesmos e nossas capacidades científicas a serviço do povo. Vamos combater a pandemia e o descaso do Estado com organização popular! Caso tenha interesse em saber mais sobre o funcionamento do projeto e queira participar, entre em contato conosco!
Gestão Primavera 2021
Comments